AbdonMarinho - PROJETOS PARA O MARANHÃO.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Quarta-​feira, 15 de Maio de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

PRO­JE­TOS PARA O MARANHÃO.

PRO­JE­TOS PARA O MARANHÃO.

Por Abdon Marinho.

MAIS cedo, nesta sexta-​feira, estive, jun­ta­mente com o prefeito de Luís Domingues, Gilberto Braga e a ex-​prefeita Creüsa Braga, com o senador Roberto Rocha (PSDB0. Na opor­tu­nidade, além dos pedi­dos para aten­der aquela comu­nidade, sobre­tudo no que se ref­ere ao abastec­i­mento de água e mel­ho­rias nas estradas vic­i­nais, tive­mos um momento para tratar das questões cen­trais para o Maranhão.

O senador nos apre­sen­tou o pro­jeto – já lev­ado ao Min­istério dos Trans­portes –, da BR 308, uma rodovia fed­eral lig­ando a cap­i­tal do Maran­hão, São Luís à cap­i­tal do estado do Pará, Belém. Pelo pro­jeto uma ponte sobre o Rio Mearim lig­aria o bairro da Estiva, na cap­i­tal, pas­sando pela Ilha dos Carangue­jos, já em Cajapió, e, de lá seguindo para Bacu­rituba, São Bento, Palmeirân­dia, Peri-​Mirim, BEQUIMÃO, Cen­tral do Maran­hão m Mir­in­zal, CURU­RUPU, Ser­rano do Maran­hão, Turi­açu, Cân­dido Mendes, God­ofredo Viana, Luís Domingues e Caru­ta­pera e, de lá, para Viseu, já no Pará.

O litoral do Maran­hão e do Pará são os úni­cos a não pos­suir rodovias asfal­tadas per­mitindo a inte­gração dos municí­pios litorâ­neos e o desen­volvi­mento turís­tico de toda região.

No estado viz­inho as obras visando esta inter­venção já ini­cia­ram, no nosso ainda não passa de um sonho.

Trata-​se de uma obra de grande vulto e com um impacto pos­i­tivo sig­ni­fica­tivo para econo­mia do estado. Infe­liz­mente, como em out­ros grandes pro­je­tos, a ideia não parece encan­tar ou mobi­lizar o restante da ban­cada maran­hense.

Até onde sabe­mos, somente o senador Roberto Rocha parece empen­hado em reti­rar esse sonho do papel.

A rodovia BR 308, interli­gando todo o litoral oci­den­tal do estado jun­ta­mente com o tér­mino da BR 402, con­cluindo a lig­ação do litoral ori­en­tal, de Bar­reir­in­has a Par­naíba, no Piauí, terá forte impacto na econo­mia do estado e do país.

Além destes pro­je­tos rodoviários o senador tam­bém nos infor­mou de um outro pro­jeto já encam­in­hado ao gov­erno fed­eral: um ramal fer­roviário de Bal­sas a Estre­ito fazendo a interli­gação com a Fer­rovia Norte-​Sul.

São pro­je­tos grandiosos, envol­vendo a mobi­liza­ção de bil­hões de dólares em recur­sos públi­cos e pri­va­dos, com o poten­cial de gerar mil­hares de empre­gos e reti­rar o Maran­hão do ciclo crônico do atraso.

A estes pro­je­tos poder-​se-​ia agre­gar a Zona de Expor­tação do Maran­hão — ZEMA, a explo­ração com­er­cial do Cen­tro de Lança­mento de Satélites de Alcân­tara e a Con­clusão da Fer­rovia Norte-​Sul até o porto do Itaqui, facil­i­tando o escoa­mento da pro­dução dos esta­dos do Norte, do Cen­tro Oeste e do próprio estado.

O estado tem tudo para ser uma grande potên­cia econômica, trans­for­mando e expor­tando mil­hares de pro­du­tos para todo o mundo, uma vez que esta­mos no cen­tro da rota para Europa, para Ásia, através do Canal do Panamá e para África.

Temos tudo, só nos falta gov­erno que entenda o mín­imo de alguma coisa.

Infe­liz­mente, como reg­istrado ante­ri­or­mente, não vemos a classe política, a exceção do senador Roberto Rocha, envolvida nestes grandes pro­je­tos. Não há a necessária união de todos os par­la­mentares para “brigarem” por estes grandes pro­je­tos, des­tinarem emen­das de ban­cada ou mesmo exercerem pressão política para trans­for­mar a nossa realidade.

O Maran­hão já perdeu tempo e recur­sos em dema­sia sem qual­quer resul­tado para a sociedade. Nos últi­mos anos, tanto o gov­erno da sen­hora Roseana Sar­ney quanto o atual, do sen­hor Flávio Dino, endi­vi­daram o estado em bil­hões de dólares com a promessa de obras estru­tu­rantes que não acon­te­ce­ram ou que, de tão malfeitas nada (ou quase nada) resta.

Alguém sabe que fim levou dos bil­hões empresta­dos do BNDES? Viraram lama, dis­solveram na chuva.

O Maran­hão está endi­vi­dado e que­brado sem que essa dívida tenha rep­re­sen­tado qual­quer ganho para o povo.

Para pio­rar temos um gov­erno que acha um grande feito inau­gu­rar senti­nas ou escol­in­has de duas salas, que chamam de dig­nas.

Não é que tais obras não sejam impor­tantes. São, mas é necessário uma união em torno de pro­je­tos bem maiores e que tragam desen­volvi­mento em escala para o estado.

Somente o desen­volvi­mento econômico – através destes e de out­ros grandes pro­je­tos –, trará o desen­volvi­mento social. Não tem mila­gre.

Abdon Mar­inho é advogado.