AbdonMarinho - PRECONCEITOS CONTRADITÓRIOS.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Segunda-​feira, 29 de Abril de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

PRE­CON­CEITOS CONTRADITÓRIOS.

PRECON­CEITOS CONTRADITÓRIOS.

Por Abdon Mar­inho.

RECEBO dos ali­a­dos e defen­sores do can­didato do PT, Fer­nando Had­dad, através das redes soci­ais, e com ares de escân­dalo, a infor­mação (não sei se ver­dadeira ou falsa) que o can­didato do PSL, Sen­hor Bol­sonaro teria dito, sug­erido ou defen­dido o nome do ator(?) Alexan­dre Frota como min­istro da cul­tura na hipótese de eleger-​se à presidên­cia da República.

Como disse, tratam a notí­cia como escân­dalo ou um crime.

Não dis­cutem se o cidadão pos­sui com­petên­cia ou não para o cargo – é até pos­sível que tenha, ou não –, mas ata­cam e se escan­dal­izam porque o suposto indi­cado, há dezenas de anos, ainda no século pas­sado, teria atu­ado como ator em filmes de con­teúdo adulto homos­sex­ual.

Para reforçar o “escân­dalo” junto com a “notí­cia” colo­cam fotos das pelícu­las onde o ator aparece em tór­ri­das cenas de sexo com out­ros atores.

Ora, se acusam o can­didato de con­ser­vador, rea­cionário, homofóbico, den­tre out­ras adje­ti­vações, por que o falso escân­dalo por uma pos­sível indi­cação do ator?

Enten­de­ria, caso ques­tionassem a ausên­cia de com­petên­cia, caso estivesse envolvido em escân­da­los de cor­rupção, etc, – o que, até aqui, não se noticia.

O rapaz estaria desqual­i­fi­cado para o cargo por ter sido ator de filmes gays? Por ter feito cenas “quentes” de sexo com out­ros homens?

Mas não é o sen­hor Bol­sonaro que é homofóbico? Que cri­ará um Comando de Caça aos Gays?

Não con­sigo enten­der. Se é este can­didato que reúné as piores car­ac­terís­ti­cas de intol­erân­cia, por que a “grita” se a suposta indig­nação é jus­ta­mente em sen­tido contrário?

Quem está sendo pre­con­ceitu­oso e intolerante?

Observo que se o suposto indi­cado, tivesse, por exem­plo, matado alguém – crime mais grave da hier­ar­quia penal –, ao invés de ter feito um ou mais filmes gays, já estaria livre, leve e solto, no jargão: “teria pago sua dívida com a sociedade” e, até mesmo pelas políti­cas de inserção de egres­sos na vida social, apto a qual­quer tra­balho e seria incen­ti­vado a tê-​los. Já o cidadão que ao invés disso, fez (ou rep­re­sen­tou) cenas de sexo com outro homem, há décadas, não pode ocu­par um cargo público, seja de min­istro, secretário, dep­utado ou o que o valha, sem que seja crit­i­cado ou cen­surado por isso?

Não seria o contrário?

Não con­sigo enten­der essa crítica ao can­didato por uma suposta indi­cação, jus­ta­mente das pes­soas que, a vida inteira se venderam como de van­guarda, tol­er­antes, etc.

Um can­didato, então não pode indicar um ator pornô. Seria pre­con­ceito con­tra a pornografia? Con­tra atores gays ou de filmes gays?

Con­fesso que não con­sigo entender.

Abdon Mar­inho é advo­gado.